quinta-feira, 13 de maio de 2010

"Você nasce sem pedir e morre sem querer. Aproveite o intervalo."


RECEBI ESSE TEXTO DE UMA AMIGA, JÁ TINHA LIDO E AMADO. MAS, COMO AGORA TUDO... OU QUASE TUDO PARA MIM VIRA UM POST... LÁ VAI ELE... UM SUPER BOM DIA!!!

"Uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido. Uma só."
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.
O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil(a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de'fácil').
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar osrecursos do planeta.
Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.
Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar.
E por aí vai.
Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho empassar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'.
Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizeme o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.
Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim:
'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...
Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores,vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.
Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.
Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate, um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.OK?
Não necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago . . .
"Você nasce sem pedir e morre sem querer. Aproveite o intervalo."
por Danuza Leão

5 comentários:

  1. sem duvidas este texto chama atenção...
    qtas vezes por vaidade deixando de comer um monte de coisa saborosas ou nos limitando em fazer o que nao queremos...

    A 6 meses minha prima de 21 anos, noiva recentemente, luta contra uma leucemia mas, na quinta passada ela se foi.
    Nunca vi antes nada igual, um exemplo de fé, determinação, amor, carinho, amizade, serenidade enfim dela só tem coisas boas, não era simplesmente só minha prima, era minha amiga, como irmã...
    Lutou tanto pela vida, mas Deus fez outro plano..
    as vezes nem entendo pq dessa maneira..
    mas...
    devemos tentar viver realmente a vida, com juizo e sabedoria..
    Parabens pelo blog

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  2. Nossa!!
    Que história comovente. Realmente é muito difícil lidar com a morte, eu mesma tenho muita dificuldade.
    Que ela descance e ilumini você e toda a sua família sempre.
    E nós... continuemos vivendo intensamente!!!

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  3. Lindo o texto, realmente de chamar a atenção! "Você nasce sem pedir e morre sem querer, aproveite o intervalo." Vi essa frase no msn de um amigo e iria copiá-la, mas primeiro 'joguei' no google para ver direitos autorais, e achei seu texto. Li, e é surpreendente.
    Laís

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  4. Lindo o texto, realmente passamos muitas vezes pela vida sem dar a importancia real para varias coisas em nossas vidas... deixemos o "protocolo" e sejamos felizes!!!!!!!!!hehehehe
    Cíntia Lima.

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  5. realmente o problema eh o medo do resultado! é tao bom fazer as coisas sem culpa!

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